É preciso nos tornamos uma Nação

É vergonhoso acessar a Internet e ter que suportar uma propaganda grotesca do google perguntando-me, “e depois do impeachment, onde você vai investir”, quer dizer que para o google, tirar do serviço uma presidente eleita do Brasil é uma questão de opção de investimento.

google não nos respeita como Nação, para eles continuamos sendo a republica bananeira em que ele eles vem catar materia prima para depois revendê-la, industralizada, para as falsas elites que conscurpam o poder em nosso país.

Mas eu me ufano do meu país quando leio num boletim da associação de aeronáutica da França, de 1906, dezenas de citações ao aeronauta brasileiro, Alberto Santos Dumont, o pai da aviação, que ao final desta ano de 1906 voava com a Demoiselle pelos ceús de Paris inventando,
finalmente, o avião, ganhando prêmios e saindo na frente dos americanos, dos ingleses e de outros que tentavam, na mesma época fazer o mais pesado voar.  Santos Dumont, um pacifista, um libertário, desprendido deixando em domínio público a sua invenção que deliberadamente não patenteou permitindo que todos copiassem seus dados técnicos e que finalemente a Humanidade pudesse ter o transporte aérea, mas que morreu deprimido ao ver que os militares lançaram mão do seu invento para transformá-lo numa arma destrutiva que não era o seu intento.

Mas eu me ufano do meu país quando releio as notícias de um Delmiro Gouvéia, verdadeiro inovador, que torna Pedra, uma cidade do interior de Pernambuco, na fronteira com Alagoas, a primeira cidade do Brasil e a segunda de todas as americas, a ter eletricidade vinda duma usina elétrica. Ele que foi possivelmente o primeiro brasileiro a ser um industrial multinacional e porisso assassinado pelos capachos da multinacional corrente laranja que não suportava que um brasileiro lhe tomasse o mercado de linhas.

Mas eu me ufano do meu país quando me lembro do jurista baiano e político, deslumbrar em Haia com sua capacidade jurídica e capacidade de poliglota, aliás o mesmo que predizia que os decentes e corretos haveriam que ter vergonha de sua correção porque seriam os larápios e os corruptos que teriam as rédeas do poder.

Mas eu me ufano do meu país com JK que governou cincoenta anos em cinco e estabeleceu a infraestrutura que faria do aglomerado disforme de estados num único país interligado por Brasília hoje entulhada de corruptos.

Mas a lista é longa e vou terminar numa ponta com Machado de Assis que represente todos os outros, Ulysses Guimaraes, Monteiro de Lobato, etc… e na outra com Artur Ávila, uma vitória mais recente de brasileiro que arrebata o prêmio maior de Matemática, a medalha Fields. Que o preto Machado de Assis e jovem branco, ambos do Rio, guardem a memória de dezenas de brasileiros que justificam que nos ufanemos de nosso país.

É um ufanismo que luta para conta a vergonha de ter um ladrão confesso na presidência de uma casas do parlamento. É um ufanismo que luta contra vergonha de que uma pobre mulher tentando mitigar a fome dos seus filhos, cometa um roubo, legitimado pela lei, mas seja presa, enquanto que dezenas de colarinhos brancos, ditos empresários, e nada inovadores, como o foi Delmiro Gouvéia, mais um punhado de falsos políticos, sejam autores de roubos já verificados e registrados e fiquem desafiando a cega justiça zanzando livres e zombando de tudo e de todos.

Afinal o roubo deles pode ser facilmente verificado e compravado pela Receita Federal comparando o que têm com o que declaram que ganham, esta mesma Receita Federal que em 2003 entregou-me um programa errado com o qual fiz a minha declaração para depois acusar-me de inadimplente com minhas obrigações tributárias por não ter entregue a declaração. Os audázes e capazes analistas da Receita Federal não puderem observar que eu não havia marcado o quadrinho que indicaria que minha declaração seria retificadora, e ainda assim, a arquivaram como retificadora do ano anterior deixando-me a descoberto para depois passar cinco anos da malha fina, afinal, por um erro da Receita. Então a Receita pode atazanar a vida dum funcionário público de cujos “rendimentos” ela tem controle total, mas não pode lavrar um ato de fuga fiscal de quem tem contas secretas fora do país, hoje de domínio público.

E pensar que este mesmo individúo, um ladrão, um desonesto, um criminoso, tentou forçar uma alteração da lei para que fossem apenados menores de idade, quando é sabido que maiores de idade, como ele, é que deveriam ser apenados por crimes muitas vezes maiores do que aqueles cometidos por pequeno infratores, afinal, seguindo o mal exemplo que os criminosos de colarinho branco abertamente oferecem para ser seguidos.

Mas já que Joaquim Barbosa e Gilmar Mendes conspurcaram a Justiça, um com um julgamento que destruiu toda liturgia do código de processo cívil, enquanto que o outro desafiou as regras de funcionamento da corte suprema guardando na gaveta um processo que eliminaria a corrupção eleitoral, mesmo ja sabendo que seria voto vencido, então esta Justiça poderia se levantar e, tal qual vestal, dos escombros em que se encontra, e quebrar a liturgia mais uma vez colocando em prisão preventiva estes criminosos perigosos no aguardo dum julgamento legal mas de imediato livrar a Nação Brasileira da presença de indivíduos perniciosos da posição de prestígio e funcionalidade em que se encontram nos envergonhando a todos.

Mas por certo eu não queria ver estes criminosos presos, até porque sou contrário a existência mesmo das prisões já que elas são uma clara comprovação de desorganização da Sociedade. Tudo que eu queria é que eles fossem obrigados a devolver até o último tostão o que roubaram o que certamente, em consequência, os levariam a ficar de tangas uma vez que por hábito fazem apenas consumismo predatório e já terão gasto muito do dinheiro que roubaram em quinquilharias cujo valor no dia seguinte à compra fica reduzido um vil percentual impossibilitando a recomposição do principal roubado, então, por justiça, devem perder tudo que tem. Ficando de tangas, colocados na rua, teriam que repetir a letra do samba, “catar papel na ruas até encher o saco”, quando, no final da noite, trocariam o produto do seu trabalho por alguns trocados que lhe pagassem um frio prato de sopa como a primeira e última refeição do dia.

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